ÁREA DE GESTÃO TRIBUTÁRIA-IVA
N.º Identificação Fiscal (NIF): 770 004 470
Chefes de Equipas MultidisciplinaresChefes dos Serviços de FinançasCoordenadores das Lojas do Cidadão
Assunto:
IVA - ALTERAÇÃO DAS TAXAS APLICÁVEIS ÀS OPERAÇÕES QUE SE CONSIDEREMEFETUADAS NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES
Em Suplemento ao Diário da República n.° 253, I Série, de 31 de dezembro de 2013, foi publicada a
Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 2014), que alterou a
redação da alínea a) do n.º 3 do artigo 18.º do Código do IVA (CIVA), assim como a do n.º 1 do artigo
1.º do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de agosto.
São, assim, fixadas em 5%, 10% e 18%, as taxas reduzida, intermédia e normal, respetivamente, a
aplicar às operações que, de harmonia com os números 3 e 4 do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 347/85,
de 23 de agosto, sejam consideradas efetuadas na Região Autónoma dos Açores.
Assim, à semelhança do que estes Serviços têm feito aquando de anteriores alterações às taxas do
imposto, importa esclarecer eventuais dúvidas que possam surgir sobre qual a taxa em vigor no
momento em que ocorre a exigibilidade do imposto. Facto gerador e exigibilidade 1. De harmonia com o disposto no n.º 9 do artigo 18.º do CIVA, a taxa aplicável é a que vigora no
momento em que o imposto se torna exigível, em conformidade com os artigos 7.º e 8.º do mesmo
Código, ou, quando aplicável, com as disposições do artigo 2.º do regime de IVA de caixa. Deve ter-se
em conta, também, no que se refere às aquisições intracomunitárias, o momento da exigibilidade do
imposto, de acordo com os artigos 12.º e 13.º do Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias
2. A partir de 1 de janeiro de 2013, o Código do IVA reforçou a obrigação genérica de faturação.
Assim, na determinação do momento em que ocorre a exigibilidade do imposto devem ser tidos
em consideração os artigos 7.º e 8.º, em conjugação com o n.º 1 do artigo 36.º, o qual
estabelece os prazos para emissão da fatura.
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ÁREA DE GESTÃO TRIBUTÁRIA-IVA 3. Nas operações em que o facto gerador do imposto é concomitante com o momento da exigibilidade
ou naquelas em que o momento do pagamento, ainda que parcial, ocorre em antecipação à realização
da operação, as taxas a aplicar são as que vigoram nesse momento.
Assim, se o momento da exigibilidade – pagamento antecipado, ainda que parcial, ou qualquer das
situações referidas no n.º 5 do artigo 40.º ou, ainda, emissão da fatura no momento da realização da
operação – ocorreu até 31 de dezembro de 2013 (inclusive), aplicam-se as taxas de 4%, 9% ou 16%,
de acordo com a alínea a) do n.º 3 do artigo 18.º, na redação que vigorava até esta data; se o referido
facto ocorreu a partir de 1 de janeiro de 2014 (inclusive), aplicam-se as taxas de 5%, 10% ou 18%,
respetivamente, de acordo com a nova redação da norma. 4. Para as restantes situações, em que o facto gerador e a e xi gi bi li da de não são coi nc i de nt es, 4.1 Nas transmissões de bens ou prestações de serviços efetuadas entre 24.12.2013 e
31.12.2013, em que o prazo previsto no n.º 1 do artigo 36.º do Código, para a emissão da
fatura, foi respeitado, tendo esta sido emitida até 31.12.2013 (inclusive), a taxa aplicável é de
4%, 9% ou 16%, de acordo com a alínea a) do n.º 3 do artigo 18.º, na redação então em vigor. 4.2 Nas transmissões de bens ou prestações de serviços efetuadas entre 24.12.2013 e
31.12.2013, em que o prazo previsto no n.º 1 do artigo 36.º do Código, para a emissão da
fatura, foi respeitado, tendo esta sido emitida após 01.01.2014 (inclusive), a taxa aplicável é
de 5%, 10% ou 18%, de acordo com a alínea a) do n.º 3 do artigo 18.º, na nova redação da norma. 4.3 Nas transmissões de bens ou prestações de serviços efetuadas antes de 24.12.2013, em
que o prazo previsto no n.º 1 do artigo 36.º do Código, para a emissão da fatura, não foi respeitado e esta tenha sido emitida após 01.01.2014 (inclusive), a taxa aplicável é de 4%, 9%
ou 16%, de acordo com a alínea a) do n.º 3 do artigo 18.º, na redação que vigorou até 31.12.2013,
sem prejuízo da aplicação da coima e de juros compensatórios que se mostrem eventualmente
devidos. Com efeito, a exigibilidade do i mposto já se havia verificado antes da entrada em
Faz-se notar que, nestas situações, o valor tributável e o respetivo imposto devem constar na
declaração do período de imposto a que as operações correspondem ou, não sendo já
possivel, em declaração de substituição àquela. 5. No caso de pagamentos efetuados antes da realização das operações (pagamentos antecipados,
ainda que parciais), os sujeitos passivos são obrigados a emitir uma fatura, pelo montante recebido,
sendo-lhe aplicável a taxa em vigor à data da sua emissão. À eventual diferença entre o preço final e o
que foi pago antecipadamente é aplicável a taxa que estiver em vigor na data da emissão da fatura
ÁREA DE GESTÃO TRIBUTÁRIA-IVA 5.1 Assim, tendo sido emitida fatura a partir de 01.01.2014 (inclusive), em que foi respeitado o prazo
para a sua emissão, mas em que, em momento anterior à referida data, ocorreu o pagamento parcial
ou total do preço da operação, com a correspondente emissão de fatura e sobre o qual incidiu a taxa
de 4%, 9% ou 16%, à eventual diferença entre este e o preço total, devidamente evidenciada na
fatura, é aplicável a taxa de 5%, 10% ou 18%. 5.2. Tratando-se de fatura emitida em data anterior a 01.01.2014 e ainda que se esteja perante uma
situação de faturação antecipada, relativa a operação que ocorre ou se conclui após aquela data, a
taxa aplicável é de 4%, 9% ou 16%. 6. Nas transmissões de bens e prestações de serviços de caráter continuado, cujo período de
referência a que se refere o número 3 do artigo 7.º do CIVA teve o seu início em data anterior a
01.01.2014 e o termo em data posterior ou, tendo o seu termo ocorrido até 31.12.2013 (inclusive), a
fatura seja emitida após 01.01.2014 (inclusive), respeitando o prazo para a sua emissão, aplica-se ao
conjunto das operações realizadas no período de referência uma das taxas de 5%, 10% ou 18%, por
conjugação do disposto no número 3 do artigo 7.º com o número 9 do artigo 18.º, ambos do CIVA. Regularizações 7. Nas regularizações previstas nos números 2 e 3 do artigo 78.º do CIVA, em que haja lugar à
a nulação o u à r e dução do v a lor t ri butáve l de uma o pe ração a que te nha si do aplicada a
taxa de 4%, 9% ou 16%, o correspondente documento retificativo, a que se refere o n.º 7 do artigo 29.º
do CIVA, deve refletir as mesmas taxas, independentemente da data em que ocorra a regularização,
sendo o respetivo valor inscrito na dec laração correspondente ao perío do de i mposto e m que a
8. Quando, na sequência de revisão do preço fixado ou de inexatidão cometida na fatura, resulte
imposto a favor do Estado, o documento retificativo da fatura com vista à regularização deve,
ainda que emitido após 01.01.2014, fazer referência à taxa utilizada na fatura objeto de correção
(4%, 9% e 16%), quando a exigibilidade do imposto relativo à operação tenha ocorrido antes daquela
data. Esta regularização é obrigatória, podendo ser feita sem qualquer penalidade até ao final do
período de imposto seguinte àquele a que respeita a fatura a retificar.
Caso não seja efetuada no prazo previsto, a regularização continua a ser obrigatória e deve ter
lugar em declaração de substituição do período em que deveria ter sido efetuada. 9 . Nas s it uações desc ri tas nos po nt os 7 e 8 , s e mpr e que o doc ume nt o ret ific ati vo seja
emiti do a pós 01.01.2014 e a taxa aplicada for de 4%, 9% ou 16%, deve nele constar, de forma
expressa, a identificação da fatura e a data a que respeita a regularização, bem como, se for caso
disso, a data em que o imposto se tornou devido, nos termos do artigo 7.º do CIVA. ÁREA DE GESTÃO TRIBUTÁRIA-IVA Regime de IVA de caixa 10. Às operações abrangidas pelo regime de IVA de caixa são genericamente aplicáveis os critérios
enunciados no presente ofício-circulado, tomando por referência o momento da exigibilidade do
imposto estabelecido no artigo 2.º do referido regime, já descritos nos capítulos II e III do ofício -
circulado n.º 30154/2013, de 30 de outubro (Instruções complementares ao ofício-circulado n.º
Aquisições intracomunitárias de bens 11. No que se refere às aquisições intracomunitárias de bens que, de harmonia com o estabelecido no
Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de agosto, se considerem realizadas na Região Autónoma dos Açores,
deve ser aplicada a taxa de 5%, 10% ou 18% às operações cuja exigibilidade de imposto,
determinada nos termos dos artigos 12.º e 13.º do Regime do IVA nas Transações
Intracomunitárias (RITI), ocorra a partir de 01.01.2014 (inclusive).
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