GRUPO DE RESISTÊNCIA ASA BRANCA – GRAB Parceria: Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual – Rede Brasileira pela Integração dos Povos - GTPI/REBRIP Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS - ABIA DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DO ATENDIMENTO E ACESSO/ DISTRIBUIÇÃO MEDICAMENTOS ANTIRRETROVIRAIS, INFECÇÕES OPORTUNISTAS, EFEITOS COLATERAIS E DA ATENÇÃO BÁSICA PARA PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS NO CEARÁ (PVHA) por Francisco Pedrosa e Robério Lopes Fortaleza Novembro/ 2010 I. Introdução
O acesso aos medicamentos e as condições dessa acessibilidade são
fatores preponderantes para a qualidade da atenção à saúde das pessoas
vivendo com HIV/Aids (PVHA). Nesse sentido, no âmbito da participação e
controle social preconizados pelas diretrizes e princípios do Sistema Único de
Saúde - SUS, o GRAB realizou o presente diagnóstico junto aos Serviços de
Atendimento Especializado em HIV/Aids (SAEs) do estado do Ceará.
O referido trabalho é desenvolvido na esfera do Grupo de Trabalho
sobre Propriedade Intelectual da Rede Brasileira pela Integração dos Povos
(GTPI/Rebrip), que reúne organizações da sociedade civil que atuam para
garantir o direito à saúde, se dedicando ao monitoramento e enfrentamento dos
impactos das regras de propriedade intelectual no acesso a produtos
essenciais e ao conhecimento, especialmente medicamentos. O GTPI é
coordenado pela Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids- ABIA e o Grupo
de Resistência Asa Branca- GRAB é ponto focal do GTPI no Ceará.
O GRAB é uma organização da sociedade civil, fundada em 1989, que
tem como missão contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas
LGBTT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais); e de pessoas
vivendo com HIV/Aids, e que tem a promoção da saúde como uma de suas
principais frentes de atuação, notadamente no enfrentamento da epidemia de
Aids (prevenção, apoio à assistência e controle social).
O referido estudo, que se realizou no período de 20/09/2010 a
19/11/2010, tem o objetivo de apresentar informações e dados que contribuam
para a adesão e a qualidade do tratamento das PVHA.
Os princípios norteadores do SUS são aspectos fundamentais para as
diversas ações no campo da adesão em HIV/Aids. Segundo as diretrizes para
o Fortalecimento das Ações de Adesão ao Tratamento para PVHA (BRASIL,
2007 a, p. 12), um dos principais princípios é a universalidade do acesso a
insumos, serviços e ações de saúde (BRASIL, 2008, p. 15). [1]
No presente diagnóstico, elencamos os insumos medicamentos
antirretrovirais, para infecções oportunistas, efeitos colaterais e da atenção
básica, bem como outros insumos também importantes para a efetivação de
ações de prevenção positiva, como preservativos e gel lubrificante.
II. Metodologia
O diagnóstico descrito abrange as principais unidades dispensadoras de
medicamentos antiretrovirais (UDM) em Fortaleza, e nos municípios de
Maracanaú e Caucaia (região metropolitana). Juntos, esses três municípios
concentram 73,05% do número total de casos notificados de Aids no estado
(Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará,
dezembro/2010). Dessa área geográfica de abrangência, das 11 (onze) UDMs
existentes, selecionamos 09 (nove), envolvendo serviços de gestão a cargo da
Secretaria de Saúde do Estado (SESA), das Secretarias Municipais de Saúde
(SMS) de Fortaleza, Caucaia e Maracanaú, bem como geridos por hospital
universitário. Não foram incluídos os serviços do Hospital Distrital Gonzaga
Mota - Barra do Ceará, que não oferece serviço ambulatorial (gestão da SMS
de Fortaleza) e o NAMI (Núcleo de Atenção Médica Integrada) / Universidade
de Fortaleza (UNIFOR), em parceria com a SMS de Fortaleza, em virtude de
este ser um serviço em fase recente de implantação.
A metodologia utilizada para este trabalho foi constituída por meio de um
levantamento de campo. O instrumento utilizado para a coleta dos dados foi
composto por dois questionários: o primeiro questionário foi formado por 17
perguntas, sendo 12 fechadas e 5 abertas, direcionado aos usuários dos
Serviços de Atendimentos Especializados (SAE), (anexo 1); o segundo
questionário foi direcionado ao farmacêutico responsável pela distribuição na
UDM, sendo composto por 13 perguntas, sendo 9 abertas e 4 fechadas, com
espaço reservado ainda para 8 observações pontuais referentes ao ambiente e
a infra-estrutura da farmácia (anexo 2). No total foram entrevistadas 52 PVHA
em tratamento, nos diversos SAEs visitados; e 10 (dez) profissionais das 09
farmácias dispensadoras. A amostra foi definida a partir de critérios
estatisticamente significativos (tabela 1).
TABELA 1. SAE x PVHA x Data das Entrevistas
Serviços de Atendimento Especializado Entrevistadas Entrevistas
As fontes utilizadas neste diagnóstico foram consultas a sites, matérias,
entrevistas com especialistas, revistas eletrônicas especializadas e artigos
Para a formulação de ideias foi necessária a leitura de assuntos que
remetiam diretamente ao Acesso e a distribuição dos medicamentos e prévia
consulta das experiências com participantes de diagnósticos semelhantes
anteriormente aplicados, entre os quais o estudo “Adesão aos tratamentos
antiretrovirais” realizado pelo GRAB em 2002, junto a 100 (cem) pessoas
vivendo com HIV/Aids em Fortaleza. Discussões com outros parceiros como a
Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids- Núcleo Ceará e o Fórum do
Movimento Social de Luta contra a Aids do Ceará apoiaram e contribuíram para
A quantidade de pessoas que está sobre a terapia antirretroviral (TARV)
foi descrita por unidade de tratamento na Tabela 2, totalizando 4155
usuários/as que atualmente fazem uso da TARV e recebem os medicamentos
nas 09 (nove) unidades dispensadoras que participaram do levantamento.
TABELA 2. Quantidade de PVHA em tratamento SERVIÇOS PVHA em tratamento
Hospital Universitário Walter Cantídio- HUWC
III. Resultados Aspectos importantes sobre a assistência (acolhimento, tempo de espera, estruturas e ambientes das farmácias, locomoção até os SAEs,
Constatamos com o levantamento descrito que apesar de alguns
serviços de atendimento (SAE) terem iniciado recentemente, estes já
necessitam de maior amparo por parte das autoridades no que tange à
estruturação de seus perfis multidisciplinares e à própria estrutura de
Dos relatos ilustrados pelos usuários entrevistados, ocorrem no Hospital
Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza (gerido pela Universidade Federal
do Ceará- UFC) esperas na fila de entrega das medicações por até 2:30 (duas
horas e meia), mesmo os antirretrovirais sendo distribuídos juntamente com
outros medicamentos, formam-se filas extensas. Mesmo as PVHA devidamente
acomodadas relatou-se que a espera é uma situação recorrente nesta unidade.
Quando questionados sobre como classificariam o tempo de espera para o
recebimento da medicação, dentre os tipos de classificação: ótimo, bom,
razoável, ruim, péssimo; 57% responderam que o tempo de espera é péssimo
e 14% que é ruim. A unidade conta ainda com uma deficiência na
disponibilização de assistente social e psicólogo aos usuários em tratamento.
A Unidade do Hospital Nossa Senhora da Conceição (vinculado à
Secretaria de Saúde de Fortaleza), no bairro Conjunto Ceará, não apresenta
uma sala reservada para a distribuição da medicação e a atenção ambulatorial
e farmacêutica outrora carece de atendimento psicológico e nutricional.
Observou-se na Unidade do Hospital Distrital Gonzaga Mota do José
Walter (vinculado à Secretaria de Saúde de Fortaleza) que o horário é bastante
restrito, com distribuição da medicação apenas aos sábados de 7 às 13 horas e
com deficiência de atendimento do profissional nutricionista. O SAE apresenta
O Hospital São José (vinculado à Secretaria de Saúde do Estado), com
uma quantidade extrapolada de usuários, encaminha os usuários para outras
unidades com menor número de PVHA sob terapia e permanece com os que
estão internados e em acompanhamento ambulatorial. São 2700 usuários que
recebem a terapia lá, vindos de todo o estado do Ceará. Mesmo sendo a
principal referência em HIV/Aids do Estado, tem a farmácia com instalações
com limitada estrutura física, o que fez alguns usuários relatarem a
Na unidade do Hospital Geral de Fortaleza (vinculado à Secretaria de
Saúde do Estado), 43% dos usuários relataram a falta de discrição na entrega
dos ARVs, com reflexos sobre o sigilo quanto a sua soropositividade.
No Centro de Especialidades Médicas José de Alencar (CEMJA),
vinculado à Secretaria de Saúde de Fortaleza, 30% dos usuários entrevistados
relataram relevante demora na entrega da medicação e 20% relataram falta de
discrição em relação à entrega dos medicamentos na farmácia.
75% dos usuários que se deslocam até as farmácias dos SAEs utilizam
ônibus ou transportes alternativos (topiques) como meio de transporte, e em
alguns relatos afirmaram que quando não têm o dinheiro para a locomoção,
vão até à unidade a pé ou deixam de receber a medicação pela distância de
suas casas. 13% deslocam-se até a farmácia a pé ou de bicicleta.
Dentre os usuários entrevistados, 54 % relataram que não recebem da
farmácia informações sobre a terapia, ficando assim apenas a cargo do médico
infectologista fazer tais orientações. Em boa parte dos casos, pela deficiência
de profissionais farmacêuticos suficientes, sendo apenas atendentes os que
fazem a distribuição dos medicamentos.
Dos 9 SAE’s entrevistados, em 3 deles foram relatados que faltam
profissionais para completar o seu efetivo multidisciplinar, entre nutricionistas,
Acesso aos medicamentos
Mesmo com a periodicidade na distribuição dos ARVs e uma política de
distribuição regular, houve ainda alguns relatos sobre a falta dos
Houve relatos, por usuários, de falta dos medicamentos ARVs:
Efavirenz, Biovir, Nevirapina e Nelfinavir (ver Tabela 3).
Dentre os medicamentos que mais faltaram foram relatados a falta da
Sulfadiazina (500g), medicamento para tratamento da Toxoplasmose (infecção
A Sulfametoxazol+Trimetoprim (400/80mg) – antimicrobiano- não foi
encontrada em 3 das UDMs entrevistadas segundo relatos dos entrevistados.
A Isoniazida medicamento que faz a profilaxia da Tuberculose não foi
A Pirimetamina (25g) para a Toxoplasmose, o antifúngico Miconazol, o
antialérgico Loratadina, o antidiarréico Loperamida (2mg) e o Aciclovir (200mg)
para o tratamento da Herpes, não foram encontrados em 2 das UDMs.
Um importante medicamento para a diminuição dos triglicerídeos (efeito
colateral comum entre os usuários em TARV- o aumento das taxas de
triglicerídeos) como o Ciprofibrato (100mg) também não foi encontrado em 2
Vários outros medicamentos como anti-hipertensivos (Captopril),
antiparasitológicos (Albendazol), antibióticos (Clindamicina), antifúngicos
(Itraconazol e Fluconazol) também foram citados cada um 1 vez como faltando
TABELA 3. Relação dos Medicamentos que mais faltam por UDM SERVIÇOS Medicamentos que mais faltam ANEXO DA TABELA 3. LISTA DOS MEDICAMENTOS DE AMBULATÓRIO DE DST/AIDS
Sulfametoxazol+Trimetoprim (400/80mg) (Bactrin) - Antimicrobiano
Clindamicina (300mg) - Antibiótico largo espectro
Fluconazol (100 ou 150 mg) - Antifúngico
10 Miconazol - Antifúngico 11 Amoxicilina-clavulanato (500mg) - Antibacteriano 12 Pravastatina (20mg) - Diminuição do colesterol 13 Ciprofibrato (100mg) - Diminuição dos triglicerídeos 14 Hidroxizime (25mg) - Antialérgico 15 Albendazol (400mg) - Antiparasitológico 16 Omeprazol (20mg) - Antiácido (gastrites) 17 Loperamida (2mg) - Antidiarréico 18 Efavirez (600mg) (Stocrin) - Inibidor da transcripitase reversa, não análogo de
19 Nevirapina (NVP) - Inibidor da transcripitase reversa, não análogo de nucleosídeos
20 Nelfinavir (Viracept) - Inibidores da Protease 21 Captopril - Anti-hipertensivo 22 Loratadina - Antialérgico 23 Imosec - Antidiarréico 24 Pseudoefedrina - Descongestão nasal
25 Biovir (AZT + 3TC) - Inibidores da transcriptase reversa análogo de nucleosídeos
IV. Conclusões
No que se refere ao aspecto das equipes profissionais que compõem as
farmácias das UDMs e o diálogo com os demais profissionais dos serviços
ambulatoriais e de internação, observam-se lacunas importantes quanto à
necessidade da composição multidisciplinar dessas equipes das UDM e SAE
como um todo. Foram observadas amplas limitações do número de
profissionais farmacêuticos e quanto ao preenchimento de necessidades
importantes, como a presença de profissionais da psicologia, serviço social,
Há que se investir em acolhimento, nos quesitos que envolvem
estruturas físicas das farmácias (espaços físicos limitados), maior celeridade na
distribuição dos medicamentos em alguns SAEs, pouca informação
disponibilizada aos usuários nas farmácias quanto aos medicamentos
(informação exclusiva com o médico) e na importância de um trato mais
refinado quanto à discrição da sorologia do usuário (conseqüência de espaços,
em alguns SAES, mais “abertos” das farmácias).
Chama a atenção o percentual de usuários que se deslocam até o SAE
a pé ou que relataram que deixam de pegar seus medicamentos por ausência
de recursos para o pagamento da tarifa do ônibus (13%), revelando a urgência
da implantação do direito ao passe livre nos transportes coletivos de Fortaleza
para PVHA em situação de pobreza e miséria.
Em relação à distribuição de preservativos, 82% dos entrevistados
recebem regularmente nas farmácias e 11% não solicitam a camisinha. Sobre
o gel lubrificante apenas 17% afirmaram receber o gel distribuído pelas UDMs
(apenas os serviços do CEMJA e SAE Maracanaú).
Quanto aos medicamentos, a Tabela 4 mostra a relação entre os nomes
comerciais e os medicamentos genéricos trazendo ainda a classe de inibição a
Tabela 4 – Nome genérico, comercial e classe a que pertencem os ARV Nome genérico Nome comercial
ITRN = inibidor da transcriptase reversa – análogo de nucleosídeo; IP = inibidor de protease; ITRNN = inibidor da transcriptase reversa – não-análogo de nucleosídeo; IF = inibidor de fusão Adaptado das Recomendações do Ministério da Saúde do Brasil [2].
O objetivo deste trabalho mostrou que não devemos desviar do foco de
atenção para onde as organizações da sociedade civil que atuam no controle
social das políticas de saúde, profissionais de saúde e pesquisadores,
mantendo uma reflexão sobre a importância do acesso aos medicamentos, que
é um direito e garantia reconhecidos internacionalmente como fundamentais de
todo ser humano. Considerando um avanço no enfrentamento à epidemia, o
acesso universal aos ARVs, no Brasil, acreditamos que os resultados procuram
revelar as vulnerabilidades do acesso aos medicamentos, a necessidade de
uma maior humanização no atendimento aos usuários, bem como um maior
cuidado e atenção pelos gestores públicos e profissionais de saúde sobre o
processo de adesão das PVHA ao tratamento antirretroviral.
São muitos os desafios e as dificuldades, mas cabe a nós no papel de
ativistas e representantes das OSC apontarmos soluções e empreendermos
ações que fortaleçam o controle social pela participação e fiscalização das
políticas públicas voltadas no enfrentamento ao HIV/Aids.
V. GLOSSÁRIO
Termos Importantes para entender o HIV/Aids
ARVs (Antirretrovirais)
É a gama de medicamentos que reduzem a morbimortalidade e
melhoram a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV/Aids, por meio
da supressão viral, o que permite retardar ou evitar o surgimento da
imunodeficiência. Os resultados obtidos com o tratamento – a redução
progressiva da carga viral e a manutenção e/ou restauração do funcionamento
do sistema imunológico – tem sido associados a benefícios marcantes na
saúde física das pessoas soropositivas e permitindo que elas retomem e
concretizem seus objetivos de vida. Com o advento da TARV a Aids assumiu
características de doença crônica, em especial nos países onde o acesso aos
medicamentos é efetivamente garantido (Manual de Adesão ao Tratamento para
Pessoas Vivendo com HIV e aids, Manual N° 84, Brasí lia, DF, 2008 ).[1]
Profilaxia de Infecções Oportunistas
A prevenção de infecções oportunistas em indivíduos infectados pelo
HIV tem diversos aspectos, dentre eles: a prevenção da exposição, que é uma
estratégia que reduz o risco do aparecimento de infecções oportunistas,
consistindo no desenvolvimento de atitudes e estilo de vida capazes de
diminuir o contato com patógenos oportunistas e agentes de co-infecções; a
profilaxia primária, que visa evitar o desenvolvimento de doenças em pessoas
com exposição prévia estabelecida ou provável e por último a Profilaxia
secundária, que tem como objetivo evitar a reincidência de uma infecção
oportunista que já tenha ocorrido. (Ministério da Saúde, Recomendações para
Terapia Anti–retroviral em Adultos Infectados pelo HIV. Série manuais nº2, 7ª
Doenças Fúngicas
Os fungos são microorganismos encontrados no meio ambiente e
distribuídos em todo o planeta. O pulmão é a porta de entrada de muitos
fungos no hospedeiro humano, tais como os agentes das micoses sistêmicas, e
de muitos agentes de micose oportunísticas. Além dos pulmões, vários órgãos
podem ser acometidos pela infecção fúngica. (Revista da Sociedade Brasileira
de Medicina Tropical, vol.32 nº3 Uberaba, Mai/Jun. 1999). [4]
Lipodistrofia
A lipodistrofia caracteriza-se pelas alterações de gordura corporal que
inclui a lipohipertrofia (aumento de gordura) e a lipoatrofia (perda de gordura),
que podem ocorrer isoladamente ou em conjunto. Essas alterações corporais
trazem um novo estigma em relação à doença, pois favorecem a descoberta da
condição de soropositividade por terceiros e impactam na auto-imagem e na
sexualidade, podendo influenciar a qualidade da adesão e levar ao abandono
do tratamento (adaptado de Ministério da Saúde. Recomendações para terapia
anti-retroviral em adultos e adolescentes infectados pelo HIV 2007/2008,p.130.
Síndrome Metabólica
As alterações metabólicas compreendem um aumento do mau colesterol
no sangue, intolerância ao açúcar, aumento da resistência periférica a insulina
e diabetes mellitus, associados ou não as alterações anatômicas. São descritas
nos pacientes portadores de HIV/Aids, particularmente naqueles em uso da
terapia antiretroviral de alta eficácia. (Ministério da Saúde. Departamento de
DST, Aids e Hepatites Virais. Alterações anatômicas e/ou metabólicas -
síndrome lipodistrófica - em portadores do HIV/AIDS). [6]
VI. Bibliografia
1. Manual de Adesão ao Tratamento para Pessoas Vivendo com HIV e aids, Manual N° 84, Brasília, DF, 2008 2. Brasil, Ministério da Saúde. Recomendações para terapia antiretroviral em adultos e adolescentes infectados pelo HIV. Brasília: Ministério da Saúde; 2001. 3. Ministério da Saúde, Recomendações para Terapia Anti–retroviral em Adultos Infectados pelo HIV. Manual nº 2, 7ª Edição, 2008.
4. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, vol.32 nº 3, Uberaba, Mai/Jun. 1999. 5. Ministério da Saúde. Recomendações para terapia anti-retroviral em adultos e adolescentes infectados pelo HIV 2007/2008,p.130. Brasília, DF, 2007.
6. Munhoz, Olavo. Alterações anatômicas e/ou metabólicas (síndrome lipodistrófica) em portadores do HIV/AIDS. Ministério da Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. 2007.
Panorama do Atendimento e Acesso/ distribuição dos medicamentos antiretrovirais, para infecções oportunistas, efeitos colaterais e da Atenção Básica, para pessoas vivendo com HIV/Aids Unidade de Saúde:____________________________________ Data:___/___/2010 Questionário para usuários(as):
1) O horário de funcionamento da farmácia é satisfatório? ( )Sim, ( )Não 2) Tempo de espera para o recebimento? ( )Bom, ( )Ruim, ( ) Razoável, ( )Ótimo 3) A farmácia oferece uma boa estrutura física para o conforto dos usuários? 4) Os atendentes apresentam identificação legível (crachás)? ( )Sim, ( )Não 5) Como se dá o acolhimento aos usuários? ( )Bom, ( )Ruim, ( ) Razoável, ( )Péssimo 6) Quais os pontos positivos e/ou negativos do atendimento? Descreva-os __________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________ 7) Quais suas dificuldades para o recebimento dos medicamentos? ________________________________________________________________________ 8) Como é o seu deslocamento até a farmácia? ( )Á pé, ( )Ônibus, ( )Carro, ( )Bicicleta, ( )_____________ 9) Você acha sigiloso, discreto, o atendimento? ( )Sim, ( )Não, ( )_________________ 10) Quais os medicamentos mais difíceis de serem encontrados? ( )ARV’s, ( )At.básica, ( )Infecções oportunistas, ( )Efeitos colaterais 11) Quais medicamentos tem faltado, pelo menos uma vez, nos últimos 6 meses? ________________________________________________________________________ 12) Qual foi o maior período de tempo que você ficou sem receber o(s) medicamento(s)? ____dias, ____semanas, ____meses. Qual medicamento?__________________________ 13) Foi necessária a troca de terapia devido a falta de determinado medicamento registrado nos últimos 12
14) Quando falta algum medicamento, a justificativa repassada a você é satisfatória? ( )Sim, ( )Não, ( )Às vezes 15) Você recebe preservativos na farmácia? ( )Sim, ( )Não, ( )Às vezes, ( )Não oferece, ( )Não solicito 16) E gel lubrificante? ( )Sim, ( )Não, ( )Às vezes, ( )Não oferece, ( )Não solicito 17) A Farmácia oferece informações sobre o tratamento/terapia? ( )Sim, ( )Não, ( )Às vezes Panorama do Atendimento e Acesso/ distribuição dos medicamentos antiretrovirais, para infecções oportunistas, efeitos colaterais e da Atenção Básica, para pessoas vivendo com HIV/Aids Questionário para funcionários do atendimento farmacêutico: Unidade de Saúde:____________________________________ Data:___/___/2010 Nome do Coordenador/Farmacêutico:
1) Quais os medicamentos distribuídos na farmácia? (ver n° na lista) ________________________________________________________________________ 2) Quais os medicamentos que mais faltam e porquê? (ver n° na lista) ________________________________________________________________________ 3) Quais medicamentos tem faltado pelo menos uma vez nos últimos 6 meses? (ver n° na lista) ________________________________________________________________________ 4) O que você acha que pode agilizar o atendimento aos usuários? ________________________________________________________________________ 5) O horário de funcionamento é satisfatório? ( )Sim, ( )Não. Como pode melhorar? ________________________________________________________________________ 6) Foi necessária a troca de terapia devido à falta de determinado medicamento registrado nos últimos 12
7) Quando falta algum medicamento, a informação repassada ao usuário é satisfatória? ( )Sim, ( )Não 8) Há distribuição de preservativos aqui na farmácia? ( )Sim, ( )Não 9) E de gel lubrificante? ( )Sim, ( )Não 10) Faltam profissionais que tratam dos pacientes que recebem os ARV’s? 11) Nº de pacientes sob TARVs:______________________________________________ 12) Horário de atendimento:__________________________________________________ 13) Tempo para 1ª consulta:__________________________________________________
Observações do local:
- Os funcionários usam crachá ou alguma identificação: ( )Sim, ( )Não - As instalações de espera são confortáveis: ( )Sim, ( )Não - É distribuída senha: ( )Sim, ( )Não - A espera é organizada: ( )Sim, ( )Não - É observado algum tumultuo: ( )Sim, ( )Não - Quantas horas/minutos em média é o tempo de espera: ( )inferior a 15min, ( )15 min , ( )30 min, ( )1h, ( )2h, ( )3h, ( )superior a 3h -Há sigilo na entrega dos medicamentos: ( )Sim, ( )Não -Outras questões quanto ao acolhimento: (forma de atender, interação com o usuário, etc.) ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________
New Protocol Question & Answer Death in the Field p. 13 & 14 What if the patient meets all 4 of the presumptive signs of death but does not meet any conclusive signs of death? Section II A, B and C shall stand as written and the paramedic should refer to 1.4 Section III “Discontinuance of CPR”. All of Section III shall apply in the case with the exception of the Discla
ETUDE DE CAS Mr T. Julien, 35 ans, a été admis en Unité de préparation à la sortie le 19/12/2005 en vue d’une réintégration de son appartement personnel après stabilisation de son état, suite à une recrudescence de ses troubles hallucinatoires à type de persécution. Mr T. Julien a 3 frères, une sœur et un enfant mort d’une maladie génétique (en juin 2000). Il évoque lor