Drogas25ago

ANTI CO LI N É RG I CO S
Plantas: Datura, Lírio, Trombeta, Em 1866, um médico da Bahia descreve o seguinte quadro em dois escravos: Fui chamado a visitar estes doentes no dia seguinte às 8 horas da manhã. Já podiam caminhar, mas estavam ainda trôpegos e hallucinados, vendo objetos himaginários, phantasmas, ratos a passear pela camara etc., de que procuravam fugir dirigindo-se para a porta. Ambos tinham as pupilas dilatadas. a boca e faces nada oferecem de notável. Na pane- la que servia para vazer o cosimento estavam dous ramos com muitas folhas e algumas flores rudimentares, de uma planta que conheci ser trombeteira (Datura arborea, Lin). Em 1984, um jovem advogado de São Paulo narrou sua experiência após inge- rir chá de saia-branca: Os sintomas iniciam-se cerca de 10 minutos mais tarde com quei- xas de não enxergar direito, vendo tudo embaraçado e fora de foco. As pupilas estão total- mente dilatadas. Seguem-se alucinações terrificantes, visão de animais e plantas ameaça- doras, cadáveres de índios, pessoas etc. Algumas horas mais tarde relata que perdeu o pulso e engoliu a língua sendo levado para o pronto socorro. Ainda em uma manhã de 1989, um menino de rua com as pupilas muito dila- tadas descreveu o que sentia após tomar 10 comprimidos de Artane® (medicamen- to à base de triexafenidila, utilizado para mal de Parkinson, mas usado como droga de abuso devido as suas propriedades em produzir alucinações): via elefante corren- do pela rua e rato saindo do buraco, se olhava para o céu via estrelas de dia. Tava tudo embaçado e dava medo, mas era também bonito. Conforme pode-se ver pelas descrições acima, tanto o chá da planta como o medicamento Artane® foram capazes de produzir dilatação das pupilas (midríase) e alterações mentais do tipo percepção sem objetivo (ver ratos, índios e estrelas quan- do esses objetos não existiam), isto é, alucinações. O que existe de comum entre a planta trombeteira ou lírio e o medicamento Artane® para produzir efeitos físicos e psíquicos semelhantes? É que duas substâncias (atropina e/ou escopolamina) sintetizadas pela planta e o princípio ativo (triexa- fenidil) do medicamento produzem um efeito no organismo que a medicina chama de efeito anticolinérgico. E sabe-se que todas as drogas anticolinérgicas são capazes de, em doses elevadas, além dos efeitos no corpo, alterar as funções Os anticolinérgicos, tanto de origem vegetal como os sintetizados em laboratório, atuam principalmente produzindo delírios e alucinações. São comuns as descrições pelas pessoas intoxicadas de se sentirem perseguidas, de verem pessoas e bichos etc. Esses delírios e alucinações dependem bastante da personalidade do indivíduo e de sua condição; assim, nas descrições de usuários dessas drogas, encontram-se rela- tos de visões de santos, animais, estrelas, fantasmas, entre outras imagens. Os efei- tos são bastante intensos, podendo demorar de 2 a 3 dias. Apesar disso, o uso de medicamentos anticolinérgicos (com controle médico) é muito útil no tratamento de várias doenças (Parkinson, diarréia etc.). Os solventes são as drogas mais usadas entre os meninos(as) de rua e entre os estu- dantes da rede pública de ensino, quando se excluem da análise o álcool e o tabaco. As drogas anticolinérgicas são capazes de produzir muitos efeitos periféricos além
dos provocados no sistema nervoso central. Assim, as pupilas ficam muito dilata-
das, a boca seca e o coração pode disparar. Os intestinos ficam paralisados – tanto que eles são usados medicamente como antidiarréicos – e a bexiga fica “preguiço- Os anticolinérgicos podem produzir, em doses elevadas, grande elevação da tem-
peratura, que chega às vezes até 40 ou 41ºC. Nesses casos, felizmente não muito comuns, a pessoa apresenta-se com a pele muito seca e quente, com vermelhidão principalmente no rosto e no pescoço. Essa temperatura elevada pode provocar convulsões (“ataques”) e são, por isso, bastante perigosas. Existem pessoas também que descrevem ter “engolido a língua” e quase se sufocarem por causa disso. Ainda, em casos de dosagens elevadas, o número de batimentos do coração sobe exagera- damente, podendo ultrapassar 150 batimentos por minuto. O abuso dessas substâncias é relativamente comum no Brasil. O Artane® chega a ser a terceira droga mais usada entre meninos de rua de algumas capitais no Nordeste (depois dos inalantes e da maconha). Nas demais regiões, o uso de anticolinérgicos
Essas drogas não desenvolvem tolerância (necessidade de aumento de dose
para sentir os mesmos sintomas prazerosos iniciais) no organismo e não há descri- ção de síndrome de abstinência, ou seja, quando a pessoa pára de usar abruptamente essas substâncias, não apresenta reações desagradáveis.

Source: http://www.comunidades8.org.br/site/images/stories/sobredrogas/anticolinergicas.pdf

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ACTA DA REUNIÃO DE 23/10/2006 CÂMARA MUNICIPAL COVILHÃ Da reunião ordinária pública realizada no dia 23 de Outubro de 2006, iniciada às 09:15 horas e concluída às 12:05 horas. Sumário: Abertura ACTA DA REUNIÃO DE 23/10/2006 ABERTURA ACTA Nº 20/06 Aos vinte e três dias do mês de Outubro do ano dois mil e seis, nesta cidade da Covilhã e Sal

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Suffer the Children 1 Doll R, Petro R, Wheatly K, et al. Mortality in relation tosmoking: 40 years observations on male British doctors. BMJ1994; 309:901–911 C igarette smoking makes asthma worse. That simple tenet forms one of the most well-known2 Sethi JM, Rochester CL. Smoking and chronic obstructivecorner stones of asthma management.1 Nevertheless,pulmonary disease. Clin Chest Med 2

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